O Atirador de Ideias - Uma resenha

O ATIRADOR DE IDEIAS de Adilson Xavier - RESENHA

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Quisera ter uma pontaria certeira para cravar boa ideia bem no centro do seu néo-córtex. Penetrar em níveis profundos e primitivos do cérebro e provocar uma hemorragia de sentimentos, sensações e pensamentos, todos se misturando e se confundindo, gerando ligeira vertigem.

Nada grave ou alarmante. Fique bem.

Um ligeiro tremor, lapso de memória, amnésia passageira. Quem sou eu? Autor? Personagem? Minha vida é realidade ou ficção? Se ficção, quem escreveu? Deus? Ou sou eu quem invento todos os dias?

Se eu tivesse o poder ou capacidade de gerar esse quadro dentro de você, diria que está pronto para ler este livro. Mas não tenho.

Esta é uma tosca descrição do cenário que o autor de O Atirador de ideias. Adilson Xavier vai, sorrateiro mas inteligentemente, construindo dentro do leitor. Quando percebemos estamos apaixonados por José dos Santos. Não um José dos Santos qualquer e sim José Espínola dos Santos.

Me apaixonei também por Agenor, o pai que fala em negrito. E se você disser que ninguém fala em negrito te responderei que você não sabe de nada. Nunca penetrou no fascinante mundo dos personagens de Xavier Espínola, digo, Adilson Xavier.

Quer viver uma vida? Morrer uma quase morte e se sentir tão maravilhado com as inúmeras partes de dentro de um ser? Leia O Atirador de ideias.

Viver uns tempos no Rio de Janeiro, mergulhar em suas paisagens, caminhar pelos bairros, passar a virada do ano em Copacabana e dormir na praia? Leia O Atirador de Ideias.

Rir da ignorância ou da ingenuidade de quem se julga muito esperto? Leia O Atirador de ideias.

Ler um livro que ao findar a última palavra queira começar de novo para saber se não perdeu nada? Sentir que é o melhor livro que você leu nos últimos tempos e ficar com gosto de quero mais?

Leia O Atirador de Ideias e irá concordar com Marcelino Freire, ‘o cara’ da orelha que diz: “É um romanção!”

Leia.

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